Inseticida para salvar o mogno

Inseticida para salvar o mogno

A grande procura pela madeira de mogno (Swietenia macrophylla ), a exploração predatória e o conseqüente risco de extinção levaram ao reflorestamento da planta na região amazônica. O problema é que a lagartaHypsypyla grandella , conhecida como broca-do-mogno, ataca a árvore, impedindo seu desenvolvimento, especialmente no reflorestamento, onde a densidade é muito maior que na floresta. Uma equipe da Faculdade de Ciências Agrárias do Pará (FCAP), liderada pelo pesquisador Orlando Shigueo Ohashi, achou uma solução conjugada para a questão.

Com a colaboração da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e do Departamento de Química da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), e o apoio financeiro do Banco da Amazônia e da SECTAM/Funtec, Ohashi cultiva o mogno ao lado do cedro-australiano ou cedro vermelho (Toona ciliata ), cuja planta atrai para si cerca de 80% das posturas feitas pelas mariposas da broca-do-mogno. Quando os ovos eclodem, as lagartas se alimentam das folhas do cedro-australiano, mas morrem por causa de algumas substâncias tóxicas da planta.




Ocorre que 20% das posturas são feitas no próprio mogno. Para combatê-las, Ohashi criou uma cola à base de polibuteno misturada a um inseticida químico do grupo dos piretróides, muito usado no Brasil. “Colocamos dois pingos da Colacid somente na brotação nova das plantas de mogno em crescimento”, diz o pesquisador. O produto mostrou-se eficaz no controle da praga sem ser tóxico para a planta. Mais uma vantagem: o custo é muito baixo. O tratamento em um hectare com 100 plantas de mogno sai, em média, R$ 24,00 por ano (Colacid e mão-de-obra).

Principais características do Mogno

Mogno brasileiro

Swietenia macrophylla

NOME: MOGNO
N.CIENTIFICO:Swietenia macrophylla 

Nomes Populares: Aguano, Uraputanga

Altura média: 25-30 metros 

Folhagem: Compostas paripinadas, lisas, 8 a 10 folíolos de 13cm.

Flores: Insignificantes, claras

Fruto: Grande, (18 cm) com casca dura, voltado para cima. Seabre em 4 partes, liberando as sementes.

Sementes: Aladas, muito leves, 12 cm, marrom claro

Outras características:

O mogno é uma árvore da região amazônica bastante explorada e conhecida pela qualidade da madeira. Trazida para o Sudeste, se adaptou muito bem, sendo muito utilizada para arborização urbana. É uma espécie de crescimento rápido e tronco reto. Só frutificam os exemplares mais velhos, porém nestes casos, produzem muitas sementes de germinação fácil.

Madeira: Moderadamente pesada (densidade 0,63 g/cm3), dura, de resistência moderada ao apodrecimento e alta ao ataque de cupins de madeira seca e, pouco durável quando em contato com solo e umidade.


Fenologia:

Floresce em novembro-janeiro. Os frutos iniciam a maturação em setembro, prolongando-se até meados de novembro.


Obtenção de sementes:

Colher os frutos diretamente da árvore quando iniciarem a abertura espontânea. Em seguida levá-los ao sol para completar a abertura e liberação das sementes; é conveniente remover a asa para facilitar a cobertura. Um kg de semente com as asas contém cerca de 2.300 unidades. A viabilidade é muito curta à temperatura e umidades ambientes, entretanto pode ultrapassar um ano em câmara seca (30% de U.R.) à 12º centígrados.


Produção de mudas:

colocar as sementes para germinar, logo que colhidas, em canteiros ou diretamente em recipientes individuais contendo substrato organo-argiloso e mantidos em ambiente semi-sombreado; cobri-las com uma fina camada de substrato peneirado e irrigar duas vezes ao dia. A emergência ocorre em 15-20 dias e, a taxa de germinação é alta para sementes novas. O desenvolvimento das plantas no campo é rápido, podendo atingir 4 m aos 2 anos.

Mais referencias em;

ftp://ftp.inpa.gov.br/pub/documentos/sementes/iT/8_Mogno.pdf

As utilidades do Mogno

Utilidade:

A madeira é indicada para mobiliário de luxo, objetos de adorno, painéis, lambris, réguas de cálculo, esquadrias, folhas faqueadas decorativas e laminados, contraplacados especiais, acabamentos internos em construção civil como guarnições, venezianas, rodapés, molduras, assoalhos, etc. A árvore é muito ornamental, podendo ser utilizada com sucesso na arborização de parques e grandes jardins. Apresenta bom desenvolvimento na região centro-sul do país.

Estrutura do Viveiro está pronta!

Uma semana depois da idéia que tivemos sobre a construção do viveiro, não é que o Dinho já tinha finalizado toda a estrutura! Ele retirou a quantidade exata de bambus, sem desperdício, e conseguiu montar uma estrutura simples e de qualidade, em cima de uma antiga horta que tínhamos no local.

Gosto disso: custo benefício. Ficou um viveiro simples e de qualidade. Comprei o sombrite de 30% de proteção “na mão” do Alexandre, da Rural Ofertas. Meus irmãos, acostumados a comprar tudo em lojas físicas, morreram de rir pois comprei um sombrite pela Internet. Trabalho com desenvolvimento de sistemas web e sei identificar se o site é picareta ou não. Fiz uma ótima compra com um cara super atensioso (utiliza inclusive o MSN para informar sobre a posição do pedido). A costura do sombrite, por ser maior que os tamanhos padrões que ele costuma vender, foi feita por uma máquina especial da Rural Ofertas, ou seja, pedi um sombrite único no tamanho grande, conforme minha necessidade.

O sombrite vai demorar uns 10 dias pra chegar. Pedi no início da semana passada. Talvez sexta-feira próxima (25/04/08) eu já esteja com ele nas mãos.

Aproveitei essa rápida evolução da estrutura para pedir também as sementes de Mogno. Entrei em contato com a Caiçara Sementes e tive resposta rápida do Willian, por e-mail. Segundo o próprio Willian, a porcentagem de germinação das sementes dele é de 70% com análise feita em laboratório. Uma informação importante: 1 kg de sementes de mogno brasileiro equivalem a algo em torno de 1700 sementes, segundo ele.

Em suma: pela Internet consegui sombrite e sementes. Ambos chegam num prazo de 10 dias.

Agora é esperar. O projeto para o substrato das mudas feito por Gustavo e Gabriel já está pronto. Quando iniciarmos o plantio, eles mostrarão aqui, detalhadamente, como fazer esse pequeno projeto.

Abraço a todos!

ps: posto as fotos da estrutura com detalhes na semana que vem!

Primeira conversa sobre o viveiro

Na primeira conversa entre nós três, tentamos contabilizar o investimento necessário para começar o projeto. Estávamos realmente empolgados em ajudar o país plantando uma espécie nativa, uma vez que a ação predatória é ativa e forte. Também, sabemos que o negócio é promissor, conforme reportagem do Estado de Minas (MG).

Depois de muito se pensar e procurar na Internet, Gabriel e Gustavo conseguiram chegar em um acordo sobre qual composto químico colocar nas mudas que serão produzidas e como seria a forma do cultivo e plantio posterior.

Achamos diversos links na Internet sobre mogno. Como iremos começar nosso viveiro com o plantio dessa espécie, gostei do conteúdo do site Rio Mudas. Nesse site é possível ver de tudo um pouco a respeito de plantio de árvores, mas nesse endereço especificamente consegui visualizar melhor o que iríamos precisar para o mogno (ou pelo menos o que era necessáro se discutir). Gabriel e Gustavo conversaram e ponderaram a respeito do que esse site informa e, a partir daí, seria confeccionado por eles um projeto de plantio. Os meninos são bons nisso.

Fiquei na resposabilidade de gerenciar o Dinho (nosso empregado da fazenda) no processo de criação da estrutura do viveiro. Dinho é jeitoso pra essas coisas. Consegue arrumar tudo lá em casa. O viveiro já estava todo na cabeça dele, só de eu falar o que queria. O bambu tem na beira do nosso açude, mas é matéria prima fácil de encontrar, caso não tivéssemos na fazenda. O bambu que será utilizado é o japonês e pode ser perfeitamente aproveitado para o propósito.

Percebíamos que era necessário acumular um valor mensal para a manutenção do projeto. Através da Fernanda, mulher do Gustavo, abrimos um conta poupança no Banco do Brasil. Lá começamos a depositar R$ 200,00 por mês, cada um de nós 3. Esse dinheiro começou a ser depositado nesse mês.

Agora é esperar o projeto dos meninos…

ZZZZzzz…. (detesto esperar)

Por que Mogno Brasileiro?

O nome do nosso blog é exatamente o retrato da atual conjuntura em se tratando de extração ilegal. Representa o alto valor agregado das madeiras brasileiras e a fragilidade da natureza frente ao desacato e abuso humano.

O blog tem o foco em policultura, mas o Mogno Brasileiro é nosso escolhido como representante em estado de emergência.

Salvemos nossas florestas e todas as espécies!

Viveiro de bambu: o pontapé inicial.

Tudo começa de um sonho e necessidade, basicamente. Sentimos que se ficarmos parados não adianta. Então vamos construir viveiros artesanais (de bambu e materiais dos mais baratos e, nem por isso, de baixa qualidade) e plantar da forma mais enxuta possível. Vamos escrever sobre nossa evolução, semanalmente.

Vale a pena ficar parado sem contribuir?

Temos certeza que não. Sabemos que o caminho é longo. Podemos fazer nossa parte ajudando a Natureza (produzindo e plantando mudas de árvores nativas) e, conseqüentemente, ajudando nossos bolsos. Vai demorar … mas… azar! A gente espera.

Como começar tudo isso? De sonho e necessidade, já foi respondido. Como colocar tudo isso na prática? Não sabemos… Mas vamos aprender e contar tudo por aqui. Tem jeito!

O importante não é quem vende mais, mas sim que preserva e repoe mais. Mesmo que a reposição seja feita para aqueles que retiraram indevidamente a madeira da natureza, seja da Amazônia ou Mata Atlântica. Vamos repor sem perguntar quem errou, quem $ganhou$. Esperamos que a venda no futuro seja apenas fruto do bom ato realizado, pois será legal.

Abraço a todos.